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Lição 10 - O MINISTÉRIO PROFÉTICO NO NOVO TESTAMENTO


 Texto Áureo: Ef. 3.5 - Leitura Bíblica em Classe: I Co. 2.9-13


Objetivo: Analisar o ministério profético de Jesus e dos Apóstolos no Novo Testamento, ressaltando a revelação do Espírito Santo para a igreja.

INTRODUÇÃO
As profecias não se apresentam apenas no Antigo Pacto. O Novo Testamento também revela muitas profecias. A esse respeito, destacaremos, na lição de hoje, que Jesus, sendo Deus, foi também um profeta. Em seguida, destacaremos o ministério profético dos apóstolos Paulo, Pedro e João. Ao final, meditaremos sobre a atividade profética no Novo Testamento, a partir de I Co. 2.9-13.

1. JESUS, O PROFETA PROMETIDO
A palavra profeta, no grego neotestamentário, é prophetes e ocorre aproximadamente 150 vezes. Semelhantemente a definição do Antigo Testamento, o profeta é aquele que anuncia a mensagem da parte de Deus. Ele não fala de si mesmo, mas em lugar do Outro, dAquele que verdadeiramente É. Durante os anos em que viveu na terra, Jesus se revelou como o profeta prometido. Ainda que Ele seja Deus, enquanto homem, é considerado profeta (Jo. 1.1,14). E, como tal, Ele falava em nome do Pai (Jô. 4.34; 5.30; 6.38; 14.24). Segundo o autor da Epístola aos Hebreus, Ele é Aquele por meio do qual Deus falou (Hb. 1.1,2). Para exemplificar, destacamos uma das profecias de Jesus que se cumpriu cabalmente. Em Lc. 21.24, encontramos seu anuncia da queda de Jerusalém, o que veio a acontecer no ano 70, quando o imperador Tito entrou na cidade, sacrificou vários judeus, e dominou aquele povo. Assim como essa, as outras profecias de Jesus também se cumprirão. Ele mesmo disse: “Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão” (Mc. 13.31). Ele falou a respeito dos últimos tempos que se cumprirão por ocasião do período da Tribulação (Mt. 24.5-12). A mensagem profética de Jesus deva servir de alerta para todos, especialmente para os cristãos, para que estejamos preparados quando Ele voltar, não dispersos como as virgens da parábola (Mt. 25.1-13).

3. AS PROFECIAS DOS APÓSTOLOS PAULO, PEDRO E JOÃO
Existem verdades proféticas que foram reveladas a esses apóstolos e que não se encontram em qualquer outro lugar da Escritura. Em relação a Paulo, destacamos o mistério do arrebatamento (I Ts. 4.13-17). Há poucas passagens no Antigo Testamento que aludam superficialmente a respeito desse tema. Jesus falou rapidamente a respeito de levar os seus para junto dele (Jo. 14.1), mas não aprofundou o tema do arrebatamento, pois não se fazia necessária naquele momento. Coube ao Apóstolo Paulo, pelo Espírito Santo, declarar esse mistério, que se dará quando a trombeta soar, e o que é corruptível se revestir da incorruptibilidade (I Co. 15). Pedro também profetizou a respeito de vários assuntos, dentre eles, a vinda gloriosa do Senhor, e, principalmente, do aparecimento de escarnecedores nos últimos tempos (II Pe. 3.3,4), bem como do fim do mundo e da eternidade dos salvos (II Pe. 3.7-18). João, quando preso na ilha de Patmos, também recebeu revelações grandiosas da parte do Senhor. Naquela prisão o Senhor lhe revelou as coisas que em breve deveriam acontecer e ele as relatou e essas se encontram no Apocalipse (Ap. 1.1-3). Destacamos apenas três dos apóstolos e apenas algumas das suas profecias, mas muitas outras poderiam ser apontadas. Outros escritores do Novo Testamento também profetizaram, tais como Judas e o autor da Epístola aos Hebreus.

3. O MINISTÉRIO PROFÉTICO NO NOVO TESTAMENTO
Em sua I Epístola aos crentes de Corinto, Paulo, citando indiretamente Is. 64.4; 65.17, revela que existem mistérios da parte de Deus que são ocultos. Mas, Ele, por sublime graça, descortinou algumas verdades para que as conhecêssemos (I Co. 2.10). É confortador saber que “as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouvir, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam” (I Co. 2.9). A mensagem profética no Novo Testamento, revelada pelos apóstolos, através do Espírito Santo, consola a igreja em todos os momentos, principalmente nos momentos mais conturbados (Lc. 24.45; At. 15.28). Através da Escritura, o Espírito Santo, que inspirou os escritores, nos instrui para a formação de um caráter santo (II Tm. 3.16,17). Tal como o ser humano tem os seus segredos, o Espírito Santo também os tem e Ele nos revela (Jo. 14.9-11; 15.26; 16.13-15). O conhecimento profético, diz o Apóstolo, é diferente do conhecimento meramente humano. Os cientistas sabem aquilo que experienciam através dos seus métodos de investigação. Os filósofos sabem aquilo que conseguem concluir a partir do raciocínio. Mas o cristão pode saber as coisas que o método científico e a lógica não são capazes de explicar. Essas verdades são proféticas, isto é, foram reveladas por Deus, que se manifestou através dos seus oráculos.

CONCLUSÃONesses últimos dias, em que o Espírito expressamente diz que “apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios” (I Tm. 4.1,2), cabe a igreja atentar não para as fábulas, mitos e invencionices humanas, e sim para a voz do Espírito Santo (II Tm. 4.3,4). Ele, através da mensagem profética do Antigo e Novo Testamento, continua falando à igreja. Por isso, quem tem ouvidos ouça o que o Espírito tem a dizer (Ap. 2.7, 11, 17, 29, 3.6, 13, 22).

BIBLIOGRAFIA
HORTON, S. M. I e II Coríntios. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
LAHAYE, T., HINDSON, E. Enciclopédia popular de profecia bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2008. 



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Lição 09 - JESUS – O FIEL CUMPRIMENTO PROFÉTICO DO ANTIGO PACTO


 Texto Áureo: Lc. 24.44 - Leitura Bíblica em Classe: At. 3.18-26


Objetivo: Mostrar que o Senhor Jesus é o centro das Escrituras Sagradas e está presente em seu conteúdo, história e instituições, de maneira direta e indireta.

INTRODUÇÃO
As profecias bíblicas se cumprem fielmente, tal cumprimento é uma demonstração da autoridade bíblica. Na aula de hoje, estudaremos a respeito do cumprimento das profecias alusivas a Jesus, que o centro da profecia bíblica. No início da aula, trataremos a respeito da linguagem profética em relação a Cristo, em seguida, destacaremos algumas profecias sobre Ele que já se cumpriram. Ao final, mostraremos que Jesus é, verdadeiramente, o Espírito da profecia.

1. A LINGUAGEM PROFÉTICA
A linguagem profética não se pretende a ser científica, não prima pela exatidão lógica, se associa muito mais ao texto poético. Deus não busca, através da revelação profética, manifestar seus conhecimentos sobre dados científicos, antes revelar a Sua vontade para que o ser humano O ouça e possa ter um encontro pessoal com Ele. Apesar da Torre de Babel (Gn. 11), o Senhor tornou possível o conhecimento dEle, não apenas intelectivo, mas, principalmente, o relacional. A fim de que esse conhecimento se concretize, Ele lança mão, através da mensagem profética, da linguagem do ser humano no contexto da época. O Antigo Testamento foi escrito em Hebraico e o Novo Testamento em Grego, as línguas do contexto das Sagradas Escrituras. É, portanto, por meio da língua, e mais especificamente dos textos nessas línguas, que podemos ter um melhor conhecimento da verdade bíblica. Tal conhecimento, porém, não desconsidera o papel das traduções, pois, através delas, principalmente as mais conceituadas, a Palavra de Deus é difundida, crida e obedecida. O texto hebraico e grego, bem como as traduções, está repleto de figuras de linguagem, as prefigurações é um exemplo delas. Em relação a Cristo, destacamos a figura do cordeiro pascal que apontava para Jesus, o Cordeiro de Deus (Ex. 12.3-13; I Co. 5.17; Jo. 1.29).

3. O FIEL CUMPRIMENTO PROFÉTICO EM JESUS
Além das prefigurações, existem profecias específicas que apontam para Jesus, e essas se cumpriram fielmente: 1) Seria “semente de uma mulher” Profecia: Gn. 3.15 Cumprimento: Gl. 4.4; Lc. 2:7; Ap. 12:5; Mt. 1:18; 2) Seria descendente de Abraão - Profecia: Gn. 18:18 Cumprimento: At. 3:25; Mt 1:1; Lc. 3:34; Gl. 3:16; 3) Seria descendente de Isaque (filho de Abraão) Profecia: Gn. 17:19 Cumprimento: Mt. 1:2; Lc. 3:34; 4) Seria descendente de Jacó (filho de Isaque) - Profecia: Nm. 24:17 e Gn. 28:14 - Cumprimento: Lc. 3:34; Mt. 1:2; 5) Descenderia da Tribo de Judá Profecia: Gn. 49:10 - Cumprimento: Lc. 3:33; Mt. 1:2-3; 6) Descendente de Davi - Profecia: Jr. 23:5 e 6 - Cumprimento: Mt 22:41-46; 7) Seria herdeiro do trono de Davi - Profecia: Is 9:7 e 11:1-5; II Sm. 7:13 Cumprimento: Mt. 1:1, 6; 8) O Seu lugar de nascimento - Profecia: Mq. 5:2 - Cumprimento Mt. 2:1; Lc. 2:4-7; 9) A época do nascimento - Profecia: Dn. 9:25 Cumprimento: Lc. 2:1-2 e 2: 3-7; 10) Nascido de uma virgem - Profecia: Is. 7:14- Cumprimento: Mt. 1:18; Lc. 1:26-35; 11) A matança dos meninos - Profecia: Jr. 31:15 - Cumprimento: Mt. 2:16-18; 12) A fuga para o Egito - Profecia: Os. 11:1 - Cumprimento: Mt. 2:14, 15; 13) João Baptista preparando o caminho - Profecia: Ml. 3:1; Is. 40:3; II Rs. 1:8 - Cumprimento: Mt. 3:3; Mc. 1:4, 6; 14) O Seu ministério na Galiléia - Profecia: Is. 9:1 e 2 - Cumprimento: Mt. 4:12-16; 15) O Médico para todas as doenças (físicas, morais e espirituais), levando Ele mesmo os nossos sofrimentos - Profecia: Is. 53:4 - Cumprimento: Mt. 8:17; 16) Seria sacerdote como Melquisedeque - Profecia: Sl. 110:4 - Cumprimento: Hc. 6:20; 5:5, 6; 7:15-17; 17) O desprezo por parte do judeus - Profecia: Is. 53:3 - Cumprimento: Jo 1:11; 5:43; Lc 4:29; 17:25; 23:18; 18) Sua entrada triunfal em Jerusalém - Profecia: Zc. 9:9; Is. 62:11 - Cumprimento: Jo 12:12-14; Mt. 21:1-11; 19) Seria traído por um amigo - Profecia: Sl. 41:9 - Cumprimento: Mc. 14:10 e 43-45; Mt. 26:14-16; 20) Seria vendido por trinta moedas de prata - Profecia: Zc. 11:12 e 13 - Cumprimento: Mt. 26:15; 27:3-10; 21) O dinheiro seria devolvido para comprar um campo de um oleiro - Profecia: Zc. 11:13 - Cumprimento: Mt. 27:6, 7; 27:3-5; 8-10; 22) Seria golpeado e cuspido - Profecia: Is. 50:6 - Cumprimento: Mc. 14:65; 15:17; Jo 19:1-3; 18:22; 23) Seria crucificado com pecadores - Profecia: Is. 53:12 - Cumprimento: Mt. 27:38; 15:27 e 28; Lc. 23:33; 24) As Suas mãos e pés seriam traspassados - Profecia: Sl. 22:16; Zc. 12:10 - Cumprimento: Jo 20:27; 19:37; 20:25 e 26; 25) Seria escarnecido e insultado - Profecia: Sl. 22:6-8 - Cumprimento: Mt. 27:30-44; Mc. 15:29-32; 26) Os soldados lançariam sortes sobre suas roupas - Profecia: Sl. 22:18 - Cumprimento: Mc. 15:24; Jo 19:24; 27) Seus ossos não seriam quebrados - Profecia: Sl. 34:20; Ex. 12:46 - Cumprimento: Jo 19:33; 28) Seria sepultado com os ricos - Profecia: Is. 53:9 Cumprimento: Mt. 27:57-60; 29) Sua ressurreição - Profecia: Sl. 16:10, 110; Is. 53:8, 10; Zc. 6:12 e 13; Mt. 16:21; Atos 2: 24; 8:32, 33 - Cumprimento: Mt. 28:9; Lc. 24:36-48; 30) Sua ascensão - Profecia: Sl. 68:18 - Cumprimento: Lc. 24:50 e 51; At. 1:9.

3. JESUS, O ESPÍRITO DA PROFECIA
Em Ap. 19.10 está escrito: “E eu lancei-me a seus pés para O adorar; mas ele disse-me: Olha não faças tal; sou teu conservo, e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus. Adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia”. Em Jesus se cumprem as profecias do Antigo Pacto, os apóstolos ressaltaram essa verdade em At. 3.18-26. E mais que isso, Jesus não apenas cumpre as profecias, por meio dEle, tudo mais é compreendido escatologicamente. O Apocalipse, na verdade, trata das coisas que em breve deverão acontecer, por isso, são bem-aventurados todos aqueles que atentam para as palavras da profecia bíblica (Ap. 1.1-3). A trombeta soará, os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, e os vivos serão transformados (I Ts. 4.13-17), naquela ocasião, o corruptível se revestirá da incorruptibilidade e a morte será tragada na vitória (I Co. 15). A Bíblia contem mais de 300 profecias a respeito da Vinda de Cristo e essa é a bendita esperança da Igreja (Tt. 2.13). Numa época marcada pelo desespero, Cristo é a Esperança para a Igreja. Devemos olhar para Ele, como uma Luz que brilha na escuridão. Se a mensagem dos profetas serviu de luz nas traves (II Pe. 1.19), quanto mais as palavras consoladoras do próprio Cristo, o Filho Unigênito do Pai (Hb. 1.1,2). Ele prometeu que não nos abandonaria, que nos levaria para Si mesmo, para que onde Ele estivesse, ali estaríamos com Ele também (Jo. 14.1,4), por isso, não temos motivos para viver como os demais, que não têm esperança.

CONCLUSÃO
Aproximadamente 2500 profecias aparecem nas páginas da Bíblia, cerca de 2000 delas já se cumpriram. As outras 500 se cumprirão no futuro, de modo que podemos afirmar que as chances dessas não se cumprirem é de menos que um para dez. Dentre essas profecias, estão as alusivas a Jesus, que se cumpriram fielmente. Ele é o Espírito da Profecia, por meio dEle podemos ter esperança, confiamos em suas palavras confortadoras que nos garantem a vida eterna. Aguardamos ansiosamente Sua aparição quando, seremos levados para estar juntos dEle. Todo aquele que tem essa esperança deve purificar-se a si mesmo, assim como Ele é puro (I Jo. 3.3)

BIBLIOGRAFIA
GILBERTO, A. O calendário da profecia. Rio de Janeiro: CPAD, 1985.
LAHAYE, T., HINDSON, E. Enciclopédia popular de profecia bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

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Lção 08 - JOÃO BATISTA, O ÚLTIMO PROFETA DO ANTIGO PACTO


 Texto Áureo: Lc. 16.16 - Leitura Bíblica em Classe: Mt. 11.7-15.


Objetivo: Destacar o papel profético de João Batista, o Precursor do Messias, no Antigo Pacto, um exemplo profético para a igreja de hoje.

INTRODUÇÃO
João Batista teve seu nascimento e ministério anunciado por Isaias, 700 anos antes (Is. 40.3-5). Seu ministério profético fora reconhecido pelos seus ouvintes (Mt. 14.5), e ele mesmo sabia que havia sido enviado pelo Senhor (Jo. 1.20-23). O próprio Jesus destacou a importância do ministério profético de João Batista (Mt. 11.11). Na lição de hoje, estudaremos a respeito desse que é o último profeta do Antigo Pacto.

1. JOÃO BATISTA, VIDA E MINISTÉRIO
O nascimento de João Batista foi profetizado por Isaias (40.3) e Malaquias (4.5) e aos seus pais idosos, através de um anjo (Lc. 1.5-23). Seu pai, Zacarias, era sacerdote, e sua mãe, Isabel, uma das “filhas de Arão”. Maria, a mãe de Jesus, também recebeu uma revelação a respeito do nascimento de João (Lc. 1.36). Pouco se sabe a respeito da sua infância e juventude, a não ser que ele “crescia e se fortalecia em espírito. E viveu nos desertos até ao dia em que havia de manifestar-se a Israel” (Lc. 1.80). Depois de passar vários anos no isolamento, já na idade adulta, João Batista começa a pregar e chamar o povo ao arrependimento. Suas vestes eram de pelo de camelo, e andava cingindo de um cinto de couro, e alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre (Lv. 11.22; Sl. 81.16; Mt. 3.4). Ele começou seu ministério no deserto da Judéia (Mt. 3.1; Mc. 1.4; Lc. 3.3; Jo. 1.6). As pessoas vinham até ele a fim de serem batizadas no Rio Jordão (Mt. 3.5; Mc. 1.5). João Batista era um profeta corajoso, que não deixava de denunciar a religiosidade aparente dos fariseus e saduceus (Mt. 3.7) e as classes sociais abastardas (Lc. 3.7-14). A mensagem de João Batista era cristocêntrica, pois apontava para o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Lc. 3.15-17; Jô. 1.29-21). Ele nunca quis ser confundido com Cristo, sabia reconhecer o seu lugar no ministério (Lc. 3.15; Jo. 1.20). Devido ao seu comprometimento profético, foi perseguido e morto por Herodes, por denunciar suas práticas pecaminosas (Lc. 3.19; Mt. 14.3-12)

2. O ÚLTIMO PROFETA DO ANTIGO PACTO
O ministério de João Batista foi respaldado por Jesus, que asseverou ser esse um maior dos profetas nascidos de mulher (Mt.11.7-11; Lc. 7.19-23). Essa palavra do Senhor reforça o que anteriormente havia sido dito a respeito de João, que ele seria “profeta do Altíssimo” (Lc. 1.76). A singularidade de João Batista, em relação aos demais profetas do Antigo Pacto, repousa em seu caráter de envio para ser o precursor do Messias (Mt. 11.9, 11). Os estudiosos destacam algumas razões pelas quais João Batista é considerado o maior e o último profeta do Antigo Pacto: 1) por ter o privilégio de ver o cabal cumprimento das profecias do Antigo Testamento em relação à vinda do Messias; 2) por ter sido, ele mesmo, o precursor do Messias, e ser testemunha do Seu ministério; 3) por ter batizado o Senhor Jesus nas águas, assumindo a posição de participante do ministério da justiça do Messias; e 4) por ter testemunhado o ápice do ministério profético, fechando o ciclo dos profetas do Antigo Pacto (Lc. 16.16). Esse foi o último profeta a quem “veio a palavra de Deus”, do mesmo modo que falava o Senhor aos outro profetas do Antigo Testamento (Lc. 3.2; Jr. 1.2). Depois de João Batista, existiram, e ainda existe, o ministério profético, o dom de profecia, não mais profetas da mesma envergadura daqueles do Antigo Pacto.

3. UM MODELO PROFÉTICO PARA HOJE
O ministério profético de João Batista, conforme destacamos nos tópicos anteriores, é singular. Mas sua atuação, nos dias de hoje, ainda serve de exemplo para a igreja do Senhor. Como João Batista, devemos ter a consciência do chamado divino para anunciar a mensagem de condenação e salvação à humanidade (Mt. 3.12; Lc. 3.8,9). A igreja não pode pregar apenas um Deus bonachão, que não pune aos pecadores, e que está disposto a salvar a todos ao final, como defendem os universalistas. Por outro lado, não se pode apenas destacar a ira divina, sem apontar para sua graça maravilhosa, revelada em Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo. 1.29,36). Semelhantemente a João Batista, não podemos fugir da realidade do pecado, esse que já está sendo negado em alguns contextos evangélicos, influenciados pela psicologia moderna. O pecado é uma realidade, de gravíssimas proporções, pois afasta o ser humano da glória de Deus (Rm. 3.23), por isso, faz-se necessário o arrependimento (Mt. 3.10-14). Mas nem tudo está perdido, pois Deus amou a humanidade (Jo. 3.16), e entregou Seu Filho Amado, para que todos aqueles que crêem nEle tenham a vida eterna, esse é o Dom Gratuito de Deus (Rm. 6.23). Tal como João Batista, devemos assumir que Jesus é o centro da pregação, importa que Ele cresça e que nós diminuamos (Jo. 3.10), pois Ele é Maior do que João Batista (Mt. 3.11), a respeito do qual testemunhou dizendo achar-se indigno de desatar suas alparcas (Lc. 3.16). A igreja, assim como João Batista, não pode se conformar com o pecado, com a religiosidade aparente, e muito menos com a corrupção na política. A autoridade profética da Igreja se baseia na revelação da Palavra de Deus, e, a partir dela, pode também ser uma voz que clama no deserto (Mt. 3.3; Mc. 1.3; Lc. 3.4; Jo. 1.23).

CONCLUSÃO
João Batismo, como profeta, teve um ministério único. A singularidade do seu ministério está na predição do seu nascimento e atuação. Ele, diferentemente dos outros profetas do Antigo Pacto, teve a oportunidade de ser testemunha ocular dos oráculos do Senhor. Por esse motivo, Jesus, o tema central das profecias do Antigo Testamento, destacou que João, o Batista, era o maior dos profetas, sendo, este, verdadeiramente, uma lâmpada que ardia e iluminava (Jo. 5.35).

BIBLIOGRAFIA
BRUCE, F. F. João: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2007.
LAHAYE, T., HINDSON, E. (ed.) Enciclopédia popular de profecia bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2008. 

Fonte:http://subsidioebd.blogspot.com/2010/08/licao-08.html

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Lição 07 - OS FALSOS PROFETAS


Texto Áureo: Dt. 18.22 - Leitura Bíblica em Classe: Jr.28.2-4,12-15.


Objetivo: Destacar o perigo que a igreja corre diante dos falsos profetas e mostrar que o falso ensinamento é combatido pela Palavra de Deus.

INTRODUÇÃO
O engano sempre se apresentou como alternativa diante da verdade. Os falsos profetas ostentam serem donos da verdade, mas vendem mentiras. Na aula de hoje, aprenderemos a avaliar os falsos profetas, tais como Hananias, que se opôs à mensagem apregoada por Jeremias.

1. VERDADEIROS E FALSOS PROFETAS
No Antigo Testamento, a palavra profecia é naba, cujo sentido primário é “anunciar” ou o de “ser chamado”. O fenômeno da profecia não se limitava a Israel, já que os profetas de Baal, no Carmelo, também profetizaram (I Rs. 19.29). Mas tais profecias não tinham o aval divino. O Deus de Israel chama seus profetas para denunciar os erros dos governantes, ainda que esses tenham o apoio de falsos profetas ( I Rs. 22.1-28). Os profetas Jeremias e Ezequiel também se posicionaram contra aqueles que profetizavam de acordo com os intentos pessoais (Jr. 14.14-16. Ez. 11.4; 13.2). Diferentemente dos falsos profetas, o verdadeiro profeta não fala de si mesmo, mas em nome do Senhor. Para evitar que o povo fosse conduzido pelo engano, fazia-se necessário testar as profecias, avaliar se as palavras provinham do Senhor (Dt. 18.21,22; 13.1-3) e se a vida do profeta condizia com o que proclamavam (Jr; 23.9-13). No Novo Testamento, a profecia, propheteia em grego, é uma predição a respeito do futuro, ainda que, em sentido amplo, se refira a todo e qualquer anúncio feito a partir de Deus (Ap. 19.10; 11.6). Há citações constantes, ao longo do Novo Testamento, às profecias do Antigo Testamento (Mt. 13.14; II Pe. 1.10,20; Jd. 14). João Batista (Lc. 1.76) e Jesus (Mt. 21.11; Jo. 4.44) são reconhecidos como profetas. Mas existem outras menções a profetas no Novo Testamento, tais como Judas e Silas, que encorajavam os irmãos (At. 15.32) e Ágabo que predizia o futuro (At. 21.10,11).

2. HANANIAS, UM FALSO PROFETA
Jeremias, por volta do ano 594 a C., teve um encontro com um falso profeta que estava animando e consolando o povo, com palavras de paz. Seu nome era Hananias e se destacava por não levar a sério a proclamação de juízo de Jeremias. O Profeta estava ciente da verdade em suas palavras, pois havia sido o próprio Senhor que havia falado. O cumprimento cabal da mensagem profética iria demonstrar, àquele falso profeta e a todo o povo descrente, que Deus velava pelas suas palavras para cumpri-las. A resposta de Jeremias, à incredulidade do falso profeta, foi sarcástica, disse ele: “Amém! Assim faça o Senhor; confirme o Senhor as tuas palavras, que profetizaste, e torne ele a trazer os utensílios da casa do Senhor, e todos os do cativeiro de Babilônia a este lugar” (v. 6). Dentro de poucos dias o povo de Judá estaria debaixo do jugo de Nabucodonozor, o rei da Babilônia. Aqueles que falam em nome do Senhor, em conformidade com a Sua Palavra, não precisam se exasperar, basta apenas esperar, pois passará os céus e a terra, mas não a Palavra que o Senhor falou (Mc. 13.31). No caso específico de Hananias, sua incredulidade resultou em ruína e sua morte foi iminente. O julgamento imediato de uma pessoa, com a morte imediata, como aconteceu com os seguidores de Coré (Nm. 16), Uzá (II Sm. 6), Hananias (Jr. 28.17), Pelatias (Ez. 11.13) e Ananias e Safira (At. 5.1-11) não pode ser generalizada, mas também não pode ser descartada, pois o Senhor, em Sua soberania, age como quer. Essa verdade deve motivar à obediência, afinal, “horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hb. 10.31).

3. O DOM ESPIRITUAL DE PROFECIA
Em I Co. 14 Paulo categoriza os dons espirituais que atuam na igreja, esses com vistas à edificação do Corpo de Cristo. Dentre eles o da profecia, o qual recebe certa singularidade, haja vista sua função espiritual, comparada a de falar línguas, uma vez que quem fala línguas edifica apenas a si mesmo, e quem profetiza edifica toda a igreja (I Co. 14.1-4). Ainda assim é necessário que o dom profético seja manifestado com decência e ordem. Entre os que profetizam apenas dois ou três podem falar, e devem saber que a profecia está sujeita a julgamento. Como os bereanos, os crentes, na igreja, devam julgar a profecia à luz da palavra de Deus (At. 17.11). Isso porque existem profecias que partem dos próprios sentimentos humanos (At. 21.4,12). Alguns princípios devam ser observados em relação ao dom de profecia: 1) qualquer crente que tenha experimentado o enchimento do Espírito pode profetizar (At. 2.16-18); 2) a igreja não deve ter o dom profético como infalível (I Jo. 4.1; I Ts. 5.20,21); 3) toda profecia precisa ser avaliada pela Palavra de Deus e contribuir para a santificação da igreja; e 4) a direção do Espírito, através da profecia, é dada à igreja (I Co. 12.11). Portanto, urge que a igreja valorize os dons espirituais, principalmente o da profecia. Nesses tempos materialistas, há igrejas que não mais se importam com os dons espirituais. A esse respeito é válida a recomendação de Paulo: “Não extingais o Espírito” (I Ts. 5.19). Mas é preciso também atentar para o fruto do Espírito, pois o amor é o caminho sobremodo excelente (I Co. 13) e o andar no Espírito uma instrução para todo crente (Gl. 5.22).

CONCLUSÃO
Existem profecias que são falsas e verdadeiras. O Espírito Santo, porém, não é Deus de confusão. Por essa razão, não precisamos fugir das profecias dadas pelo Senhor. Antes devemos buscar, com zelo, os dons espirituais, dentre eles o de profetizar. Em relação às falsas profecias, como Jeremias, precisamos ficar atentos à voz de Deus. Quando conhecemos a verdade de Deus, identificamos facilmente o engano. As profecias verdadeiras, por sua vez, atuam poderosamente sobre a igreja, exortando, consolando e edificando os crentes (I Co. 14.3).

BIBLIOGRAFIA
BEVERE, J. Assim diz o Senhor? Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
HARRISON, R. K. Jeremias e Lamentações. São Paulo: Vida Nova, 1980. 

Fonte:http://subsidioebd.blogspot.com/2010/08/licao-07.html

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Lição 06 - PROFETAS MAIORES E MENORES

  
Texto Áureo: Lc. 24.27 - Leitura Bíblica em Classe: Rm. 9.25-29


Objetivo: Mostrar que os profetas do Antigo Testamento, ainda que classificados como Maiores e Menores, todos foram igualmente inspirados pelo Espírito Santo.

INTRODUÇÃO
Conforme destacamos na lição anterior, toda Escritura é inspirada por Deus e proveitosa (II Tm. 3.16,17). Os profetas, por conseguinte, foram, indistintamente, impulsionados pelo Espírito (II Pe. 1.19-21). Mesmo assim, a tradição judaico-cristã costuma fazer a distinção entre profetas maiores e menores. Na aula de hoje, estudaremos a respeito dessa diferença, em seguida, apresentaremos, panoramicamente, os profetas maiores e menores. Ao longo da lição, destacaremos aplicações desses profetas para a igreja do Senhor.

1. A DISTINÇÃO ENTRE OS PROFETAS
A distinção entre profetas maiores e menores é meramente quantitativa, e não qualitativa. O critério não repousa na relevância dos escritos de um determinado profeta em detrimento de outro. O tamanho do livro foi utilizado como critério para a categorização de um determinado profeta ser considerado maior ou menor. Ao estudarmos os escritos dos profetas do Antigo Testamento, é preciso ter em mente que tais livros não se encontram em ordem cronológica. A distinção entre profetas maiores e menores serviu para classificar, quantitativamente, os profetas que tinham livros maiores daqueles cujos livros eram menores. Alguns desses profetas anunciaram a palavra de Deus simultaneamente, outros com vários anos de diferença, e para povos distintos. Por isso, para compreender a mensagem de determinado profeta, faz-se necessário identificar quando ele falou, em que lugar, e para quem. Para tanto, devemos levar em consideração o contexto e não a disposição desses na Bíblia, haja vista que o texto bíblico, e não a disposição dos livros e capítulos e versículos foram inspirados pelo Espírito Santo. Para evitar confusão, alguns estudiosos do Antigo Testamento preferem a divisão dos livros proféticos em: pré-exílicos, exílicos e pós-exílicos. Os profetas preexílicos advertiram a respeito do julgamento de Israel e Judá: Obadias (que escreveu para Edom), Amós, Oséias e Joel (escreveram para o Reino do Norte) e Isaias, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias e Jeremias (que escreveram para Judá). Os profetas exílicos escreveram para encorajar o povo de Deus a esperar pela restauração deles: Ezequiel e Daniel escreveram da Babilônica para fortalecer a fé dos judeus exilados. Os profetas pós-exílicos escreveram para confirmar a aliança de Deus com o Seu povo: Ageu, Zacarias e Malaquias escreveram para o povo de Judá que havia retornado do cativeiro.

2. OS PROFETAS MAIORES
1) Isaias é considerando o primeiro dos profetas maiores (Is. 1.1). Seu ministério profético aconteceu entre 740 a 700 a. C., iniciando no ano em que o rei Uzias morreu (Is. 6.1). Deus promete a vinda de Messias que viria para salvar o povo dos seus pecados (Is. 53.5). O livro de Isaias é considerado o “Quinto Evangelho” por causa das suas predições do nascimento, vida e morte de Jesus (Is. 6.3; 7.14; 9.6; 53.6). O próprio Jesus se referiu ao livro de Isaias como cumprimento das profecias a Ele alusivas (Is. 61.1-2). 2) Jeremias escreveu o seu livro com a assistência de Baruque (Jr. 1.1; 36.4) em aproximadamente 585 a.C., a fim de advertir Judá do julgamento iminente por causa do seu pecado. Esse profeta foi vocacionado ainda na juventude (Jr. 1.6) para trazer as más noticias a Judá (Jr. 5.15), e, por causa delas, foi açoitado e depois preso dentro de um poço (Jr. 38), mas suas palavras se cumpriram fielmente (Jr. 52). A punição de Deus a Judá não tinha como meta a destruição, mas o arrependimento do Seu povo (II Pe. 3.9). 3) Lamentações também foi escrito pelo profeta Jeremias (II Cr. 35.25), provavelmente em 586 a. C., após a queda de Jerusalém diante do babilônicos. Trata-se de um poema no qual o profeta pranteia a destruição da cidade e do povo de Judá (Lm. 1.5,16; 5.22). O profeta clama ao Senhor que renove os dias do seu povo (Lm. 5.21). A disciplina do Senhor, para os Judeus, bem como para todo crente, objetiva a correção (Hb. 12.11). 4) Ezequiel, o sacerdote, é o autor do livro que leva o seu nome (Ez. 1.1-3). Esse livro foi escrito por volta de 590 a 570 a. C., quando Judá se encontrava no exílio. Ainda que o povo estivesse no Exílio, o Senhor revela que não se satisfaz com a morte do ímpio (Ez. 18.32). Em seu livro o profeta destaca a importância da responsabilidade pessoal (Ez. 18.4-9); e 5) Daniel, um jovem levado ao exílio babilônico, é o autor do livro (Dn. 7.15; 2.14), escrito entre 605 a 538 a. C. Esse livro foi originalmente escrito em duas línguas: hebraico (capítulos 1, 8-12) e aramaico (capítulos 2-7). Esse livro mostra que Deus sempre tem um propósito e que não abandonou o Seu povo (Rm. 11).

3. OS PROFETAS MENORES
1) Oséias escreveu seu livro entre 750 e 722 a. C.. Em seu escrito ele revela o amor de Deus por Israel através de um casamento que resulta em adultério (Os. 1.2). Apesar da infidelidade de Israel, Deus, como Oséias a Gomer, o ama e está disposto a perdoá-lo (Os. 14.4); 2) Joel, filho de Petuel (Jl. 1.1), escreveu em 586 a. C., advertindo Israel das pragas que sobreviriam por causa do pecado (Jl. 2.11). O dia do julgamento de Deus, no entanto, não é o fim, pois o Senhor salvará o Seu povo (Jl. 2.32); 3) Amós, um pastor de Tecoa, próximo de Belém (Am. 1.1), escreveu em 760 a. C., orientando o povo de Israel a preparar-se para um encontro com o Senhor (Am. 4.12) e denunciando as injustiças sociais daquele povo (Am. 5.24). Essa mesma atitude ecoa nas palavras de Tiago, em sua Epístola (Tg. 2.14-18); 4) Obadias escreveu seu livro em 586 a. C., (Ob. 1.1), após a invasão da Babilônia sobre Judá. Esse livro traz promessas de esperança (Ob. 1.17) para o povo de Deus, em cumprimento às palavras proferidas a Abraão (Gn. 12.3); 5) Jonas, escrito em 760 a. C., mostra a atuação desse profeta nos tempos do Rei Jeroboão II (II Rs. 14.23-25). Jonas é vocacionado pelo Senhor para pregar arrependimento para Nínive, capital da Assíria (Jn. 4.11). O profeta esperava que os ninivitas fossem destruídos, mas esses vieram a arrependerem-se. Nesse livro vemos a demonstração do amor de Deus aos pecadores (Rm. 5.8); 6) Miquéias profetizou por volta de 700 a. C., ressaltando o julgamento de Deus que viriam em breve (Mq. 1.1). Esse livro conclama o povo ao arrependimento, a amar a misericórdia, a andar humildemente com Deus (Mq. 6.8), e revela, profeticamente, o local do nascimento do Messias (Mq. 5.2); 7) Naum, escrito por volta de 663 a 612 a. C., revela o julgamento que sobreviria sobre Nínive (Na. 3.1). Esse livro seria uma espécie de continuação de Jonas, mostrando que Deus é misericordioso, mas pune o pecado impenitente (Na. 1.3); 8) Habacuque profetizou em aproximadamente 600 a. C., a respeito da punição de Judá através dos caldeus (Hc. 1.6). Nesse livro o autor faz um chamado à fé (Hc. 2.4), mesmo diante da adversidade (Hc. 3.18), texto citado por Paulo em Rm. 1; 9) Sofonias data de 640 a 620 a. C., durante o reinado de Josias (Sf. 1.1), tratando a respeito do julgamento de Deus por causa da idolatria (Sf. 3.8), ainda que haja esperança para aqueles que se arrependem (Sf. 3.13); 10) Ageu data de 520 a. C., perído do segundo ano do reinado de Dario (Ag. 1.1). Como profeta pós-exílico, Ageu encoraja o povo que havia estado cativo na Babilônia a reconstruir o templo. A esse respeito, destaca que o povo deva dar proeminência a Deus em suas contribuições e a confiar no Senhor (Ag. 2.4); 11) Zacarias, filho de Berequias, data de aproximadamente 520 a 475 a. C., e, semelhantemente a Ageu, conclama o povo à reconstrução do templo em Jerusalém. O livro alude à entrada triunfal de Jesus em Jerusalém (Zc. 9.9; Mt. 21.1-11). Deus, através do profeta, chama o povo a se voltar para Ele, e Ele, por sua vez, se voltará para o Seu povo (Zc. 1.3); e 12) Malaquias, o mensageiro do Senhor, escrito por volta de 450 a. C., denuncia o descaso do povo em relação a Deus, inclusive em relação à contribuição (Ml. 3.8-10). A mensagem de Malaquias nos lembra que o culto genuíno ao Senhor deva ser em espírito e em verdade (Jo. 4.24).

CONCLUSÃO
O estudo dos livros dos profetas, sejam eles considerados maiores ou menores, é fundamental ao amadurecimento da Igreja. Não podemos esquecer que o Antigo Testamento era a Bíblia que Jesus lia. Ele mesmo fez menção da mensagem dos profetas ao revelar-se, após a ressurreição, na estrada de Emaús, quando discorria a respeito do cumprimento das profecias a seu respeito (Lc. 24.27,32). Ainda hoje, quando meditamos na Palavra de Deus, nosso coração arde através da chama do Espírito, que nos instiga à fé nessas palavras fieis e verdadeiras e dignas de toda aceitação (I Tm. 4.9).

BIBLIOGRAFIA
LAHAYE, T., HINDSON, E. Enciclopédia popular de profecia bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
SOARES, E. Visão panorâmica do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003. 



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Lição 05 - A AUTENTICIDADE DA PROFECIA


 Texto Áureo: Mq. 5.2 - Leitura Bíblica em Classe: Is. 53.2-9 


Objetivo: Mostrar a autenticidade da profecia bíblica averiguada através do seu fiel cumprimento, especialmente no que tangue ao Senhor Jesus.

INTRODUÇÃO
As profecias bíblicas se cumprem fielmente, tal cumprimento é uma demonstração da autoridade bíblica. Na aula de hoje, estudaremos a respeito dessa autenticidade, a fim de consolidar nossa fé. Inicialmente, definiremos o termo autenticidade, em seguida, mostraremos que as profecias se cumprem, e, ao final, destacaremos algumas profecias alusivas a Jesus, o Senhor, que já se cumpriram.

1. DEFINIÇÃO DE AUTENTICIDADE

O termo “autenticidade”, conforme dicionarizado, significa tudo aquilo que é legítimo, isto é, verdadeiro, digno de confiança. A profecia bíblica é legítima porque a Palavra de Deus é inspirada pelo Espírito. Isso porque toda “a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra” (II Tm. 3.16,17). Assim, “temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações. Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (II Pe. 1.19-21).

2. O CUMPRIMENTO DAS PROFECIAS BÍBLICAS
Aproximadamente 2500 profecias aparecem nas páginas da Bíblia, cerca de 2000 delas já se cumpriram. As outras 500 se cumprirão no futuro, de modo que podemos afirmar que as chances dessas não se cumprirem é de menos que um para dez. Somente Deus pode predizer o futuro, o misticismo religioso não tem esse poder. As pesquisas comprovam que as profecias místicas não cumprem, elas caem no vazio, isso porque não têm o respaldo divino. Isso reforça a máxima de Dt. 18.21-22, e, ao mesmo tempo, demonstra a autenticidade das profecias bíblicas.

3. O CUMPRIMENTO DAS PROFECIAS EM JESUS
Existem várias profecias bíblicas catalogadas por especialistas a respeito de Jesus. Dentre elas destacamos: 1) Seria “semente de uma mulher” Profecia: Gênesis 3:15 Cumprimento: Gálatas 4:4; Lucas 2:7; Apoc. 12:5; Mat. 1:18; 2) Seria descendente de Abraão - Profecia: Gênesis 18:18 (12:3) Cumprimento: Atos 3:25; Mateus 1:1; Lucas 3:34; Gálatas 3:16; 3) Seria descendente de Isaque (filho de Abraão) Profecia: Gênesis 17:19 Cumprimento: Mateus 1:2; Lucas 3:34; 4) Seria descendente de Jacó (filho de Isaque) - Profecia: Números 24:17 e Gênesis 28:14 - Cumprimento: Lucas 3:34; Mateus 1:2; 5) Descenderia da Tribo de Judá Profecia: Gênesis 49:10 - Cumprimento: Lucas 3:33; Mateus 1:2-3; 6) Descendente de Davi - Profecia: Jer. 23:5 e 6 - Cumprimento: Mateus 22:41-46; 7) Seria herdeiro do trono de Davi - Profecia: Isaias 9:7 e 11:1-5; II Samuel 7:13 Cumprimento: Mateus 1:1 e 6; 8) O Seu lugar de nascimento - Profecia: Miquéias 5:2 - Cumprimento Mateus 2:1; Lucas 2:4-7; 9) A época do nascimento - Profecia: Daniel 9:25 Cumprimento: Lucas: 2:1-2 e 2: 3-7; 10) Nascido de uma virgem - Profecia: Isaias 7:14- Cumprimento: Mateus 1:18; Lucas 1:26-35; 11) A matança dos meninos - Profecia: Jeremias 31:15 - Cumprimento: Mateus 2:16-18; 12) A fuga para o Egito - Profecia: Oséias 11:1 - Cumprimento: Mateus 2:14 e 15; 13) João Baptista preparando o caminho - Profecia: Malaq. 3:1; Isa. 40:3; II Reis 1:8 - Cumprimento: Mat. 3:3; Marc. 1:4 e 6; 14) O Seu ministério na Galiléia - Profecia: Isaias 9:1 e 2 - Cumprimento: Mateus 4:12-16; 15) O Médico para todas as doenças (físicas, morais e espirituais), levando Ele mesmo os nossos sofrimentos - Profecia: Isaias 53:4 - Cumprimento: Mat. 8:17; 16) Seu ministério na região de Zebulom e Naftali - Profecia: 9:1 Cumprimento: 4:15-16; 17) Seria sacerdote como Melquisedeque - Profecia: Salmos 110:4 - Cumprimento: Habacuque 6:20; 5:5 e 6; 7:15-17; 18) O desprezo por parte do judeus - Profecia: Isaias 53:3 - Cumprimento: João 1:11; 5:43; Lucas 4:29; 17:25; 23:18; 19) Sua entrada triunfal em Jerusalém - Profecia: Zacarias 9:9; Isaias 62:11 - Cumprimento: João 12:12-14; Mateus 21:1-11; 20) Seria traído por um amigo - Profecia: Salmos 41:9 - Cumprimento: Marcos 14:10 e 43-45; Mateus 26:14-16; 21) Seria vendido por trinta moedas de prata - Profecia: Zacarias 11:12 e 13 - Cumprimento: Mateus 26:15; 27:3-10; 22) O dinheiro seria devolvido para comprar um campo de um oleiro - Profecia: Zacarias 11:13 - Cumprimento: Mateus 27:6 e 7; 27:3-5; 8-10; 23) Permaneceria em silêncio quando acusado - Profecia: Isaias 53:7; Salmos 38:13-14 - Cumprimento: Mateus 26:62 e 63; 27:12-14; 24) Seria golpeado e cuspido - Profecia: Isaias 50:6 - Cumprimento: Marcos 14:65; 15:17; João 19:1-3; 18:22; 25) Seria crucificado com pecadores - Profecia: Isaias 53:12 - Cumprimento: Mateus 27:38; 15:27 e 28; Lucas 23:33; 26) As Suas mãos e pés seriam traspassados - Profecia: Salmos 22:16; Zacarias 12:10 - Cumprimento: João 20:27; 19:37; 20:25 e 26; 27) Seria escarnecido e insultado - Profecia: Salmos 22:6-8 - Cumprimento: Mateus 27:30-44; Marcos 15:29-32; 28) Dar-lhe-iam fel e vinagre - Profecia: Salmos 69:21 - Cumprimento: João 19:29; Mateus 27:34 e 48; 29) O Seu lado seria trespassado - Profecia: Zacarias 12:10 - Cumprimento: João 19:34; 30) Os soldados lançariam sortes sobre suas roupas - Profecia: Salmos 22:18 - Cumprimento: Marcos 15:24; João 19:24; 31) Seus ossos não seriam quebrados - Profecia: Salmos 34:20; Êxodo 12:46 - Cumprimento: João 19:33; 32) Seria sepultado com os ricos - Profecia: Isaias 53:9 - Cumprimento: Mateus 27:57-60; 33) Sua ressurreição - Profecia: Salmos 16:10, 110; Isa. 53:8, 10; Zac. 6:12 e 13; Mateus 16:21; Atos 2: 24; 8:32 e 33 - Cumprimento: Mateus 28:9; Lucas 24:36-48; 34) Sua ascensão - Profecia: Salmos 68:18 - Cumprimento: Lucas 24:50 e 51; Atos 1:9.

CONCLUSÃO
A inspiração da profecia, isto é, sua theopneustia, é a razão pela qual podemos confiar em seu cumprimento. Jesus, o maior dos profetas, destacou que passará o céu e a terra, mas suas palavras não passarão (Mc. 13.31). A palavra humana é falha, por isso, maldito o homem que confia no homem e faz da sua carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor (Jr. 17.5), mas bem-aventurados aqueles que confiam na Palavra do Senhor, pois serão como os montes de Sião, que não se abalam, mas permanecem para sempre (Sl. 125.1).

BIBLIOGRAFIA
GILBERTO, A. O calendário da profecia. Rio de Janeiro: CPAD, 1985.
LAHAYE, T., HINDSON, E. Enciclopédia popular de profecia bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
 

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Lição 4 – Profecia e Misticismo

  
TEXTO ÁUREO
"Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Não vos enganem os vossos profetas que estão no meio de vós, nem os vossos adivinhos, nem deis ouvidos aos vossos sonhos que sonhais" (Jr 29.8).


PALAVRA-CHAVE
MISTICISMO
: - [Do lat. Mystica, espiritual] É uma atitude mental de busca da união íntima e direta do homem com a divindade, baseada mais na intuição e no sentimento do que no conhecimento racional.

COMENTÁRIO
(I. INTRODUÇÃO)
Os profetas desempenharam um papel considerável no desenvolvimento religioso de Israel. Eram lideranças populares vocalizando sempre a sabedoria dos antigos, tentando influenciar seja na condução dos negócios do Estado seja nos costumes. No decorrer da história, surgiram inúmeros pseudo-profetas. Jeremias percebeu o perigo destes falsos com suas perigosas previsões que poderiam atenuar e desviar os desígnios sociais, morais e políticos dos profetas autênticos e investiu contra eles num famoso sermão. O universo temático da lição de hoje é a identificação do misticismo enganoso, por trás do uso da nomenclatura de Profecia. Como identificar essa tendência? Como saber se a manifestação é ou não divina? O texto da Leitura Bíblica em Classe revela-nos que o sobrenatural pode ser usado para desviar o povo de Deus. A Palavra do Senhor esclarece que, qualquer experiência antes de ser aceita, deve ser submetida ao escrutínio da Escritura Sagrada. Hoje, não são poucos os enganadores que usam a ingenuidade cristã, a fim de embromá-los em proveito próprio. É nossa tarefa alertar e ajudar nossos alunos a ter uma resposta firme contra essas tendências. Essa lição é oportuna e nos ajudará na identificação da verdadeira profecia e do misticismo. É importante que saibamos fazer uma leitura das ramificações místicas e esotéricas que estão influenciando o povo de Deus (objetos sagrados, o uso de roupas, fotos, plantas etc.), com o intuito de ‘mover’ o espiritual e influenciar o físico. É hora de rejeitarmos essas inovações!


(II. DESENVOLVIMENTO)
I. AVALIAÇÃO DA PROFECIA

1. Os embusteiros (13.1).
 

‘Aquele que usa de embuste; mentiroso; intrigante; intrujão’ – No capítulo 13 de Deuteronômio, Moisés faz advertências contra a apostasia. Ele inicia o texto advertindo contra os pseudo-profetas para enfatizar que embora um profeta parecesse ter credenciais impressionantes, o teste teológico continuava sendo crucial. Em qualquer caso de desvirtuamento, a pena era a morte; Deus abomina tanto a adoração a falsos deuses, que ordena a destruição total para qualquer cidade entre os israelitas que pratique tal coisa. O reformador alemão, Martinho Lutero, dizia com razão que o Diabo é o maior imitador de Deus. Jesus afirmou que tais impostores ‘farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos’ (Mt 24.24). (Assista este vídeo e tire suas conclusões). Embora estes embusteiros tentem enganar os eleitos, não há real possibilidade de que sejam bem sucedidos nesse propósito. É Deus mesmo quem protegerá os eleitos (Rm 8.31-39; Jo 10.28,29; Rm 8.30). No dizer do apostolo Paulo - ‘Satanás se transfigura em anjo de luz’ (2 Co 11.14), uma das artimanhas de Satanás consiste em reivindicar estar fazendo o bem e, especificamente, enviar a uma igreja servos seus que se dizem crentes, mas na verdade produzem apenas divisão, calúnia, imoralidade e toda espécie de destruição. Em Mt 7.20 Jesus adverte os seus discípulos: ‘Por seus frutos os conhecereis’.

2. Como identificar a fonte do milagre? (13.2). 

Os líderes carismáticos nem sempre são guiados por Deus. Moisés alertou os israelitas contra esses falsos profetas que encorajavam o povo a adoração a outros deuses (Dt 13.5). A igreja tem os seus profetas trabalhando para o "aperfeiçoamento dos santos", que por meio da homilia, transmitem as verdades do evangelho. Nesses últimos dias há uma proliferação de falsos profetas, são lobos vestidos de ovelha, que alegam ser usados por Deus. Jesus, em Mateus 7.15-20, mostra como um cristão pode identificar um falso profeta. A verdade é que, nem toda pessoa que professa a Cristo é um crente verdadeiro e que, hoje, nem todo escritor evangélico, missionário, pastor, evangelista, professor, diácono e outros obreiros são aquilo que dizem ser.
 
3. Deus usa o falso profeta para provar os seus servos (13.3). 

Há uma necessidade urgente de comunhão com o Senhor, ser fiel e examinar minuciosamente, com toda atenção, a Palavra revelada. O perigo do desvio surge, muitas vezes, de pessoas que parecem espirituais. A Bíblia Pentecostal, comentando Dt 13.3, afirma: “[...] Deus às vezes, testa a sinceridade do nosso amor e dedicação a Ele e à sua Palavra (cf. 8.2). Deus, as vezes, nos prova permitindo que surja entre o seu povo, pessoas afirmando que são profetas de Deus, e que realizam sinal e prodígio. Tais pessoas, às vezes,falam com muita ‘unção’, e operam milagres [...]. Ao mesmo tempo, podem pregar um evangelho contrário à revelação bíblica, acrescentar inovações à Palavra de Deus ou subtrair partes dela.” (Stamps, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, nota Dt 13.3, pg 312.). No dizer de Paulo, muitos inovadores milagreiros, falsos cristos e pregadores de ‘outro Jesus, outro espírito e outro evangelho’ (2 Co 11.4) perverterão a Palavra em proveito próprio (Leia este artigo).
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
As práticas divinatórias são uma forma infame de idolatria e satanismo e, portanto, repulsivas aos olhos de Deus.

II. PRÁTICAS DIVINATÓRIAS

1. As abomináveis práticas divinatórias (18.9).
Estes versículos apresentam uma relação de práticas abomináveis comuns na religião Cananéia, das quais, Deus requeria o afastamento. A feitiçaria é encontrada em todas as culturas e em todas as épocas; apresenta-se sob aspectos diversos, mas sempre com característica em comum que é o recurso a fórmulas e rituais mágicos, cabalísticos, para curar doenças, prever coisas futuras, assegurar o sucesso de empreitadas, etc. A Bíblia ressalta essa prática no Egito; o livro de Êxodo 7.11 ss, narra que tendo Moisés e Arão feito prodígios diante do Faraó, os magos do Faraó, através de suas artes mágicas, fizeram o mesmo. Em Isaías 47.l2ss e em Daniel 1.20; 2.2ss, mostram a importância que a magia possuía entre os babilônios. A cultura helenística por sua vez nada fazia de importante sem antes consultar as pitonisas e os oráculos. Por isso Deus estabeleceu a mais severa das punições para quem recorresse a mágicos e adivinhos, ou invocasse os espíritos: a pena de morte (Ex 22.18; Lv 20.27; 19.26-31; 20.6; Dt 18.9-14). Por sua vez, o Novo Testamento declara que quem pratica tais coisas não entrará no reino de Deus (Gl 5.20,21; AP 22.15). “Na Bíblia, Deus nos diz tudo o que precisamos saber sobre o que está por acontecer”. Bíblia do Estudante Aplicação Pessoal-REFLEXÃO.
 
2. Adivinhador, prognosticador, agoureiro, feiticeiro, encantador, necromante e mágico (18.10,11). 

Os adivinhos ou feiticeiros procuravam predizer eventos futuros ou desvendar segredos, pela ação de espíritos malignos ou de algum meio humano. Estes versículos contêm uma relação de práticas ocultistas comuns na religião Cananéia, as quais eram e continuam sendo abomináveis ao Senhor e terminantemente proibidas por ele. A sociedade sem Deus interessa-se pelo ocultismo em suas múltiplas formas. O ocidente foi invadido por uma avalanche de cultos e práticas orientais pseudo-religiosas, muitas delas, camufladas em filosofias e medicina alternativa. O propósito satânico tem sido sempre tirar os homens do caminho verdadeiro e introduzi-lo em algum substituto. Muita gente não entende a verdadeira natureza nem o grave perigo envolvido nas artes ocultas.
Porque Deus proíbe toda a relação com o ocultismo?
1. Porque Ele é Senhor, Soberano. Todas as coisas e o futuro estão em suas mãos;
2. Porque Ele sabe o mal que faz ao ser humano, especialmente no entorpecer da personalidade; é uma desnaturalização da natureza e do livre arbítrio;
3. Porque Ele tem ordenado que conquistemos toda mudança por meio da oração a Deus e por meios legítimos. ‘Quando vos disserem: consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram entre dentes: - não recorrerá um povo ao seu Deus? a favor dos vivos interrogar-se-ão os mortos?’ (Is 8.19).
Já o plano de Deus para obtermos a verdade é ouvir os fiéis mensageiros dele exporem a sua Palavra.

3. Bruxo e bruxaria.
 
A palavra Bruxaria, segundo o uso corrente da língua portuguesa, designa as faculdades sobrenaturais de uma pessoa, que geralmente se utiliza de ritos mágicos, com intenção maligna - a magia negra - ou com intenção benigna - a magia branca. É também utilizada como sinônimo de curandeirismo e prática oracular, bem como de feitiçaria. Tanto o AT quanto o NT trazem várias referências à prática da bruxaria e da feitiçaria. Sempre que essas práticas são mencionadas, elas também são condenadas por Deus. A Bíblia proíbe todo o tipo de bruxaria, incluindo feitiçaria, astrologia e magia. Em 2 Crônicas, lemos sobre um homem que se tornou rei aos 12 anos de idade, Manassés. Ele, porém, fez o que era mal aos olhos do Senhor e pagou o preço por suas escolhas ruins. Veja o que Deus disse sobre o envolvimento de Manassés com a bruxaria: ‘Fez ele também passar seus filhos pelo fogo no vale do filho de Hinom, e usou de adivinhações e de agouros, e de feitiçarias, e consultou adivinhos e encantadores, e fez muitíssimo mal aos olhos do SENHOR, para o provocar à ira’. 2Cr 33.6. Por que Deus ficaria tão indignado com esse tipo de prática? Porque quer que confiemos nele como nosso guia, nossa força e nosso direcionamento. Apenas Ele é nossa força e nossa vida – não as forças da escuridão. Um evento tradicional e cultural, que ocorre nos países anglo-saxônicos, com especial relevância nos Estados Unidos, Canadá, Irlanda e Reino Unido, tendo como base e origem as celebrações dos antigos povos, tem sido importada e implementada em nossas escolas - o Halloween. O Dia das Bruxas é tido como um dia especial no calendário dos adoradores de Satanás. No Halloween, as crianças vão atrás de “gostosuras ou travessuras” vestidas como diabinhos, carregando um tridente de plástico, embora não tenham a menor idéia de quem estão imitando. Satanás tem usado essa e outras imagens divertidas de si mesmo para nos confundir e distrair. Depois do ‘carro-chefe’ Harry Potter, a bruxaria teve um crescimento no meio das crianças e até mesmo no meio pedagógico, em vista que muitas professoras têm orientado seus alunos a lerem os livros do pequeno Bruxo. O caderno ZH, do jornal ZERO HORA, de 02/06/03, traz uma matéria com o título “As bruxas andam soltas na educação”, provando que o tema tem sido tão sedutor, que já virou tese de doutorado de uma socióloga da Universidade Federal do Rio Grande do Sul-UFGRS, baseando-se no poder de encantamento das bruxas. Nas bancas de jornais qualquer criança pode ter acesso a revistas especializadas em bruxaria, uma delas que está fazendo o maior sucesso é a WÍTCH, publicada pela Disney em vários países. (Leia este artigo)
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
As práticas divinatórias são uma forma infame de idolatria e satanismo e, portanto, repulsivas aos olhos de Deus.

III. A NECESSIDADE DA PROFECIA BÍBLICA

1. A voz de Deus na terra.
 

O texto de 2 Pe 1.20 afirma que nenhuma profecia da Escritura é de particular origem, isto é, da interpretação da visão feita pelo próprio profeta. Alguns tomam este versículo como referindo-se à interpretação de profecia, ao ponto que a ninguém é permitido interpretar a Escritura por si mesmo, particularmente. Mas a preocupação de Pedro aqui é a confiabilidade da própria Escritura, e não a autoridade daqueles que a interpretam. Quando Pedro estimulou os crentes a falar segundo as palavras de Deus (1Pe 4.11), ele não disse que esta mensagem substituiria a pregação e a doutrina. Nenhuma experiência pode gozar de autoridade igual às Escrituras. Cremos que a Bíblia seja suficiente para a salvação, para a fé e para a vida obediente. Não obstante isso, sabemos que a vida da Igreja deve ser abençoada pela presença do dom de profecia para a edificação, exortação e consolação da congregação. A profecia bíblica é um propósito da plenitude do Espírito Santo (At 2.17) para nortear homens e mulheres no caminho seguro para o céu. No AT os profetas cúlticos (2 Cr 20.14) exortavam o clero e o povo contra as influências pagãs no culto a Deus, como também ao culto correto na sua forma, mas destituído de sinceridade: hipócrita e vazio (Is 29.13). Muitas vezes, os profetas usavam expressões austeras para repreender a hipocrisia religiosa, o intenso ritualismo, o completo formalismo e a exacerbada carnalidade cúltica. Na atualidade, a voz do Senhor é ouvida através da exposição bíblica. A Palavra do Senhor esclarece que, qualquer experiência antes de ser aceita, deve ser submetida ao escrutínio da Escritura Sagrada. No tempo hodierno, não são poucas as pessoas que usam a ingenuidade dos indoutos, a fim de desanimá-los. Cabe a você ensiná-los a ter uma resposta firme contra essas tendências.
 
2. Revelação dos mistérios divinos. 

A palavra profética da Escritura é uma prova sólida que nos dá a certeza do cumprimento cabal da Bíblia como um todo, cujo ápice será o retorno triunfal de Cristo, a ‘estrela da alva’. Toda a Palavra teve sua origem em Deus, assim temos a firme convicção de que a mensagem de Deus é infalível e inerrante. As Escrituras em sua totalidade, são verdadeiras e fidedignas em todos os seus ensinos (1Co 14.37).
 
3. O contraste entre a verdadeira profecia e as práticas pagãs. 

“Com a direção fidedigna do Espírito Santo, das Escrituras e da Igreja, não precisamos voltar-nos para as fontes ocultas, a fim de obter informações, especialmente porque o que vêm destas fontes é enganoso.” Bíblia do estudante Aplicação Pessoal-REFLEXÃO. No mundo pós-moderno em que vivemos, ideologia religiosa é questão de escolha pessoal. Nossos púlpitos servem também ao ensino de teologias anticristãs, práticas condenadas pela Bíblia e uma confusa vida sujeita a variar de forma. Por mais que se multipliquem os modismos com sua vacuidade, a verdade será uma só: Deus é verdade e somente a Sua Palavra é a verdade. Dessa forma, heresia continuará heresia, pecado continuará pecado, verdade continuará verdade e mentira continuará mentira. "Antes de discutir a lei sobre profetas, Deuteronômio lista diversas técnicas utilizadas pelo paganismo para obter oráculos divinos (Dt 18.9-14). Tais métodos não serviriam para Israel ouvir a voz do Senhor. O que esses itens proibidos têm em comum é que todos caem na categoria da sabedoria e da ingenuidade humanas. Yehezkel Kaufmann, com muita propriedade, chama a adivinhação de ciência de segredos cósmicos e o adivinho de cientista que pode dispensar a revelação divina. O Senhor, em contrapartida, levantaria como seu veículo de revelação um profeta. Tal qual o rei, ele devia ser oriundo da comunidade israelita (18.15; 17.15). Ele só era capaz de falar porque Deus punha a palavra em sua boca (17.19). O fato de Deus, [...], colocar suas palavras na boca de seus profetas explica o porquê de muitos deles iniciarem seus pronunciamentos com: "A palavra do Senhor veio a mim" ou "Assim diz o Senhor". Por outro lado, é raro qualquer outra pessoa nas Escrituras, Antigo ou Novo Testamentos, prefaciar e validar seus comentários com esta fórmula. Uma coisa é afirmar que as Escrituras foram inspiradas; outra coisa é entender como Deus a inspirou. Já com os profetas, não restam dúvidas: Deus os inspirou ao lhes ditar suas palavras, colocando sua palavra em suas bocas, de forma que as palavras do profeta eram proferidas por Deus" (HAMILTON, Victor P. Manual do Pentateuco. RJ: 2.ed. CPAD, 2006, pp.481-2).
SINÓPSE DO TÓPICO (3)
A profecia bíblica norteia homens e mulheres no caminho para o céu e contradiz as práticas pagãs

(III. CONCLUSÃO)
“Acautela-vos, porém, dos falsos profetas...” Mt 7.15
Há muitos que fingem ser guias cristãos cujo objetivo não é pastorear, mas sim, é egoísta e destrutivo. Somos exortados a testar aqueles que alegam profetizar por meio de seus frutos, isto é, pelo estilo de vida que leva, pelo caráter, pelos ensinamentos que ministra. Portanto, o crente precisa estar alerta e distinguir os espíritos. Vivemos num tempo em que há muitos “sinais e maravilhas”, por conseguinte, devemos orar e pedir a Deus sabedoria para divisar a Verdade e o erro. Cremos e pregamos o verdadeiro evangelho e sabemos que maravilhas acontecem em decorrência da pregação da Palavra de Deus (Mc 16.15-20). Entretanto, muitos enganadores, falsos profetas, ilusionistas, milagreiros, falsificadores da Palavra de Deus tem se levantado em nosso meio. E os falsos profetas tanto usam de ilusionismo como de sinais e prodígios de mentira (Mt 7.15-20; 2 Ts 2.9; Mt 24.24; Dt 13.1-4). (Veja este vídeo)


APLICAÇÃO PESSOAL
Tetzel[1], o padre domiciano vendedor de indulgências, ficaria envergonhado se vivesse em nosso meio! São tantos os que se dizem religiosos, porém seus atos demonstram o contrário. São estes os lobos devoradores que podemos assistir a qualquer momento nos canais de TV, nos jornais e nas rádios, uma gama estratosférica de pseudoprofetas, que falam em nome de Deus, mas colocam como se as graças do alto pudessem ser alcançadas através do dinheiro. São os modernos vendedores de indulgências. Saber como reagir a essa questão da cultura contemporânea, às vezes, é algo realmente confuso e frustrante. Todos têm opiniões diferentes em relação ao que é melhor para um cristão nestes dias. Temos aprendido que a Palavra de Deus é sempre o padrão para medir todas as coisas! ‘Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores’ Mt 7.15. Estamos vivendo isso, dado a incidência de fatos que estão a ocorrer hoje a respeito da advertência proclamada por Cristo há dois mil anos atrás. O que diria Lutero hoje? Quantas teses ele pregaria na porta de Westminster? "...mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já dissemos a vocês, agora de novo também falamos. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema." (Gl 1.7-9). Convido-o a ler o artigo ‘Fanatismo e Êxtase’ no Blog Mantenedor da Fé.

“Infelizmente a cada dia sou surpreendido com novos fatos que me levam a mais profunda perplexidade. Lamentavelmente em alguns dos templos evangélicos tem se percebido as mais estranhas esquisitices, que só em mencionar me faz ficar ruborizado. Unção do riso; unção apostólica; unção do leão; unção do vômito; unção do cachorro; crentes de segunda classe; troca de anjo da guarda; arrebatamento ao 3º céu seguido por novas revelações; night gospel song; sal grosso pra espantar mal olhado; maldições hereditárias; encostos; atos proféticos; óleo ungido pra arrumar namorado; sessões do descarrego; que dentre tantas outras coisas mais, tornaram-se marcas negativas dessa geração. Caro leitor, preciso abrir o coração! Diante de tanta invencionice gospel resta-nos chorar! Sinceramente precisamos chorar. Precisamos derramar nossa alma diante do Senhor clamando a Ele que nos perdoe os pecados e que difinitivamente mude os rumos da igreja evangélica brasileira. Renato Vargens - Assista a esse vídeo
Há um artigo ‘divertido’ e instigador publicado no Blog do Pr Ciro Sanches Zibordi que transcrevo a seguir:
“Pregador está enfrentando “problemas” depois que leu o Blog do Ciro
Pastor Ciro Sanches Zibordi, e agora, o que é que eu faço? Você me perverteu, deturpou tudo o que aprendi. Deixou-me “quadrado” e muito exigente. Sabe por quê? Porque eu já não aceito qualquer coisa! Não aceito mais heresias na minha igreja! E mais: meu ministério tomou outro rumo, outra direção. Parei de pregar o que outros pregadores pregam. Só falo de Jesus... O que eu faço, agora? Tudo o que escuto tenho de pesquisar na Bíblia. E tudo o que falo tem que ter respaldo bíblico. Está vendo o que seu blog fez comigo? Tudo agora é só Bíblia, Bíblia, Bíblia...
Escute aqui, seu pastorzinho cristocêntrico: Se eu perder meus amigos por sua causa; se aqueles que gostavam de me ver pregar não pedirem mais para agendar compromissos com eles; e se eu continuar amadurecendo por causa deste seu blog, eu prometo que vou... orar e agradecer a Deus pela sua vida! Com carinho, amor, respeito e... um pouco de humor, Gabriel Luciano gabrielqueiroz27@yahoo.com”
Que estas palavras nos inspirem!
N’Ele, que me leva a refletir: "E quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o SENHOR, deixando de orar por vós; antes vos ensinarei o caminho bom e direito.” (1Sm 12.23),
Francisco A Barbosa
auxilioaomestre@bol.com.br


[1] Johann Tetzel, (1465—1519) foi um padre dominicano, talvez melhor conhecido por ter vendido indulgências no século XVI. Sua autoridade como dispensador de indulgências foi concedida pelo Papa Leão X a fim de pregar por toda Alemanha. Em 1517, Tetzel tentava angariar - através das indulgências - doações em dinheiro para a construção da Basílica de S. Pedro. Crê-se que Martinho Lutero se inspirou nele ao escrever as suas 95 teses.

BIBLIOGRAFIA PESQUISADA- Stamps, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, pg 1814;
- Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD;
- Bíblia de Estudo de Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e SBB, 1999;
- STOTT. John R. W. Cristianismo Equilibrado. Rio de Janeiro, CPAD, pp.60-1
- Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, Editora Objetivo, Rio de Janeiro, 2001

Fonte:http://auxilioebd.blogspot.com


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LIÇÃO 03 - AS FUNÇÕES SOCIAIS E POLÍTICAS DA PROFECIA


 Texto Áureo: Pv. 29.18 - Leitura Bíblica em Classe: Jr. 34.8-11,16,17


Objetivo: Explicitar a função precípua da profecia bíblica: levar o ser humano a amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, a fim de haja ordem e bem-estar social.

INTRODUÇÃO
Na lição de hoje, estudaremos a respeito das funções sociais e políticas da profecia. Conforme veremos nesta aula, esses foram temas recorrentes na profecia bíblica. A princípio, definiremos política e sociedade, em seguida, o papel político e social do profeta no Antigo Testamento, e, ao final, o papel político-social da igreja nos dias atuais.

1. O CONTEXTO POLÍTICO E SOCIAL
A palavra política vem do latim politicus e do grego politikus e ambas significam “aquele que reside numa cidade”. A cidade, conforme depreendemos dos estudos no livro do Gênesis, é uma invenção humana, uma tentativa de se organizar e viver por si próprio, sem depender de Deus. Em Gn. 4, Caim, após assassinar seu irmão Abel, fundou a primeira cidade (v. 17). Nesse livro bíblico, a cidade geralmente é um espaço urbano, propício à violência e ao individualismo. Por causa dessa realidade, Deus trouxe o dilúvio sobre a humanidade (Gn. 9). Devido à pecaminosidade humana, a cidade, e por sua vez, a política se tornou necessária com vistas à igualdade social. Mas não podemos esquecer que a sociedade também se encontra em condição de queda. A construção da Torre de Babel, no capítulo 11 de Gênesis, revela a situação da sociedade sem Deus. O resultado da política humana na sociedade se dá através de um processo de confusão, ainda que essa seja necessária, na verdade, uma providência divina para que o homem não chegue às alturas. As políticas publicas aspiram, no contexto social, tomar decisões com vistas ao bem da sociedade. Essa pretensão, porém, é afetada pela Queda humana. Os governantes nem sempre agem para o bem do povo, em alguns casos, acontece justamente o contrário. A política, ao invés de trazer justiça social, gera enriquecimento ilícito (corrupção), a construção e adoração do deus Mamon, a difusão da depravação humana, a cultura da morte ao invés da vida, entre outras misérias. Abrimos um parêntese para reconhecer que a Palavra de Deus, necessariamente, não é contra a cidade, haja vista a descida da Cidade Celestial, cujo Rei é o Senhor Jesus (Ap. 21.1-4).

2. A FUNÇÃO SOCIAL E POLÍTICA DO PROFETA
Os profetas do Antigo Testamento viveram debaixo dessa condição de queda governamental. Por isso, quando lemos os relatos dos reis de Israel e Judá, vemos uma alternância de governantes que andavam nos caminhos do Senhor e outros que seguiam o seu próprio caminho. Os sacerdotes, que eram os líderes religiosos, ao invés de observarem os preceitos de Deus, faziam conchavos com os reis, a fim de obterem algum benefício próprio da parte deles. Diante dessa política humana da barganha, Deus levantava seus profetas a fim de confrontarem essas práticas vergonhosas. Os profetas, naquele contexto, como aconteceram com Nata e Gade (II Sm. 7.17; 24.18,19) assumiram a condição de conselheiros dos governantes para que esses não se desviassem da Palavra do Senhor. Mas nem sempre os profetas tiveram prestígio diante dos governantes, o mais comum era que eles fossem rechaçados, e, no caso de Isaias, serrado ao meio (Hb. 11.37). Jeremias, o profeta das lágrimas, passou por situações extremamente adversas em seu ministério porque se opôs aos líderes de Judá que teimavam em seguir seus próprios caminhos, ao invés de seguirem os caminhos do Senhor (Jr. 1.15; 5.15; 6.22; 10.22; 25.9). A denúncia de Jeremias contra o pecado do povo de Judá não se restringia à moralidade, à idolatria, mas também às injustiças sociais (Jr. 7.5-7; 22.3,4). Ao invés de darem ouvidos a Jeremias, os líderes da nação judaica preferiram buscar os conselhos dos seus próprios profetas, que falavam aquilo que eles gostavam de ouvir (II Cr. 36.12,15,16), tais como o falso profeta Hananias (Jr. 28.11).

3. A QUESTÃO SOCIAL E O PAPEL DA IGREJA
O Deus da Bíblia sempre manifestou preocupação com os problemas sociais. No Antigo Testamento, em Ex. 21.2; Dt. 15.1-18, estão escritas algumas determinações sobre a escravatura. Deus limitou o tempo máximo da escravatura entre os hebreus para 6 anos, mas esse mandamento não era observado nos tempos do profeta Jeremias, esse é entre outros motivos para o Senhor demonstrar sua indignação com os judeus (Jr. 34.8-11). As injustiças sociais também foram denunciadas pelo Senhor, através dos seus profetas: Miquéias (Mq. 6.8), Ezequiel (34.2-4, 20-25), Amós (5.21-24). Mas essa não é particularidade dos profetas do Antigo Testamento, no Novo Testamento encontramos várias passagens bíblicas que revelam a insatisfação do Senhor em relação às injustiças sociais: os fariseus que julgavam as pessoas pelos seus pecados morais, mas não atentavam para os pecados sociais (Mt. 23.1-12); o próprio Jesus demarcou a necessidade do comprometimento social da igreja (Mt. 25.31-46) e se mostrou restritivo em relação à salvação dos ricos, haja vista o amor que eles têm pelo dinheiro (Mc. 10.17-27). Tiago, em sua epístola, traz recomendações diretas à igreja sobre os cuidados com os problemas sociais (Tg. 1.27; 2.14-17). Isso porque a igreja, seguindo o modelo de Jesus e dos apóstolos, vê o ser humano em sua integralidade: corpo, alma e espírito (I Ts. 5.23).

CONCLUSÃO
A igreja do Senhor não pode esquecer que Deus ama a justiça (Is. 61.8) e recomenda que a essa deva ser perseguida (Dt. 16.19,20) em favor dos necessitados (Sl. 83.3). Diante de tais advertências, cabe a igreja, nesses dias cruciais, assumir uma postura profética em relação à política e a sociedade. A agenda evangélica não deva privilegiar apenas o aborto, o homossexualismo e a eutanásia (entre outros temas corriqueiros), mas também a injustiça social e a corrupção política. Para tanto, faz-se necessário que a igreja permaneça em sua condição profética, sem fazer conchavos com políticos, em especial com aqueles que carregam uma ficha suja.

BIBLIOGRAFIA
HESCHEL, A. The prophets. New York: Harper & Row, 1962.
ELLUL, J. Políticas de Deus e políticas dos homens. São Paulo: Fonte Editorial, 2006. 

Fonte:http://subsidioebd.blogspot.com/

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Lição 02 - A NATUREZA DA ATIVIDADE PROFÉTICA


 Texto Áureo: Hb. B. 1.1 - Leitura Bíblica em Classe: Jr. 1.4-6; 9.14 


Objetivo: Explicitar a freqüência e modalidade da comunicação profética ao povo de Deus.

INTRODUÇÃO
Na lição passada, estudamos a respeito do ministério profético no Antigo Testamento. Nesta lição atentaremos para a natureza da atividade profética. Para tanto, enfocaremos, especificamente, a realidade comunicativa de Deus, os modos da revelação profética, e, ao final, a linguagem profética.

1. PROFECIA: O DEUS QUE SE COMUNICA
O Deus da Bíblia, o de Abraão, Isaque e Jacó, é um Deus que se comunica. Ele se distingue do deus dos deistas, que apenas criou o ser humano e decidiu não se relacionar com este. Também não é o deus dos místicos que, por não ser conhecido, torna-se objeto da experiência meramente humana. Deus se revela, esse é um pressuposto bíblico, Ele é um Deus que fala (Hb. 1.1,2). O “assim diz o Senhor” demonstra um comprometimento revelacional de Deus com a humanidade. Por isso, o profeta é o instrumento e a Palavra de Deus o produto da revelação (II Sm. 23.2). As Escrituras revelam que a palavra profética se origina na boca de Deus (Mt. 4.4) e dali passa para a boca do profeta (Nm. 23.5). Por isso, toda Escritura é divinamente inspirada pelo Espírito Santo (II Tm. 3.16), haja vista essa não ser produto do entendimento humano, mas do impulso do Espírito de Cristo (I Pe. 1.11). O autor da Epístola aos Hebreus diz, portanto, que Deus falou, não apenas uma vez, mas muitas vezes, não apenas de um modo, mas de várias maneiras. Aos pais, pelos profetas, o que não pode ser descartado, todavia, a voz profética, carece, atualmente, de ser interpretada à luz dAquele por meio do qual falou nesses últimos dias, a saber, Jesus Cristo (Hb. 1.1,2). Ele é o Verbo que se fez carne, que habitou entre os homens, cheio de graça e de verdade, que revelou plenamente a Deus (Jo. 1.1,14; 14.6-11; Cl. 1.15).

2. OS MODOS DA REVELAÇÃO PROFÉTICA
A revelação profética de Deus, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, é mediada pela Palavra. Por isso, Ele se revela em linguagem humana, através de conceitos, metáforas e analogias humanas. Deus, em sua autocomunicação, utilizou-se de uma linguagem antropomórfica, por meio da qual é possível conhecê-LO. Isso inclui, entre outros elementos, as símiles, metáforas, parábolas, alegorias, símbolos e tipos. As analogias – isto é – dos pontos de convergência entre a linguagem humana e divina, Deus se torna conhecido. Mas essa analogia lingüística precisa ser respaldada pelo Espírito, que, na igreja, testemunha a veracidade da Palavra. Nas Escrituras existiram diversos modos de manifestação espiritual: as sortes (Pv. 16.33; At. 1.21-26); o Urim e o Tumim (I Sm. 25.6); o sono profundo (Jó. 4.13; 33.15); o sonho (Gn., 28.12; 37.9-11); a visão (Is. 1.1); a teofania (Ex. 33.22; Is. 6; Ez. 1; Dn. 7; Ap. 4) e os anjos (Hb. 1.14; Gn. 18.2; 19.1,10; Lc. 24.4; At. 1.10). Pelas passagens destacadas, fica evidenciada a variedade na freqüência e na modalidade profética nos tempos bíblicos. Nos dias atuais, as Escrituras servem como fundamento principal para a revelação profética. O falso profeta deva ser diferenciado do verdadeiro (Dt. 18.20), principalmente quando se trata de perversão do evangelho de Cristo (Gl. 1.6-9). As revelações da necromancias, das bruxarias e dos encantamentos, desde o Antigo Pacto, são terminantemente proibidas pelo Senhor, e, na Antiga Aliança, severamente punidos (Lv. 19.11; 20.6; Is. 8.19; Dt. 18.10).

3. A LINGUAGEM PROFÉTICA
O profeta bíblico utiliza diversos recursos literários para manifestar a revelação divina. Mas a Bíblia não é, prioritariamente, um livro de literatura, antes a Palavra Escrita, a fim de que o homem e a mulher de Deus seja perfeito(a) e perfeitamente instruído(a) para toda a boa obra (II Ts. 3.17). A mensagem profética, nesse contexto, não se pretende ser científica, não prima pela exatidão lógica, se associa muito mais ao texto poético. Deus não busca, através da revelação profética, manifestar seus conhecimentos sobre dados científicos, antes revelar a Sua vontade para que o ser humano O ouça e possa ter um encontro pessoal com Ele. Apesar da Torre de Babel (Gn. 11), o Senhor tornou possível o conhecimento dEle, não apenas intelectivo, também o relacional. A fim de que esse conhecimento se concretizasse, Ele lança mão, através da mensagem profética, da linguagem do ser humano no contexto da época. O Antigo Testamento foi escrito em Hebraico e o Novo Testamento em Grego, as línguas do contexto escriturístico. É, portanto, por meio da língua, e mais especificamente dos textos nessas línguas, que podemos ter um melhor conhecimento da verdade bíblica. Isso, porém, não descarta o papel das traduções, pois, através delas, principalmente as mais conceituadas, a Palavra de Deus é difundida, crida e obedecida. Louvemos, portanto, ao Senhor, por ter se revelado profeticamente através da Palavra Viva, Jesus Cristo, mas também pala Palavra Escrita, através dos profetas – em hebraico – e apóstolos – em grego, bem como aos tradutores que labutam na árdua tarefa da propagação – através dos diversos idiomas - da mensagem cristã.

CONCLUSÃO
O conhecimento da palavra profética é imprescindível para a igreja atual. A igreja, mesmo reconhecendo os dons sobrenaturais do Espírito, não pode desprezar as Sagradas Escrituras. E essas carecem de interpretação apropriada, em especial os textos mais complexos. Os cristãos devem buscar todos os recursos possíveis a fim de melhor conhecer ao Deus que se revela na Bíblia, em especial os dicionários e comentários bíblicos. Mas não podem desprezar, primordialmente, o testemunho do Espírito Santo, a fim de que Esse nos ilumine e traga à luz, o conhecimento necessário para que possamos crescer na intimidade com Deus.

BIBLIOGRAFIA
HESCHEL, A. The prophets. New York: Harper & Row, 1962.
RAMM, B. Revelação especial e a Palavra de Deus. São Paulo: Fonte Editorial, 2004.

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Bíblias podem ser destruídas em escola Americana


Entidades são proibidas de distribuírem Bíblia para estudantes


Durante anos, a escola do município de Collier, Flórida permitiu que o Mundo Câmbio distribuísse Bíblias para estudantes durante o horário extra-escolar para homenagear o Dia da Liberdade Religiosa. Mas, desde o ano passado, o superintendente da Comunidade se recusou a conceder permissão para o grupo missionário da Convenção Batista do Sul para fazer a distribuição.

Um grupo missionário se reuniu com o conselho da escola para tratar da proibição de distribuição de Bíblia no campus da escola pública e sobre a Liberdade Religiosa do dia. Mas, os funcionários afirmam que as Bíblias não fornecem qualquer benefício educacional para os alunos e, portanto, a distribuição deve parar.

Para o fundador do Advogado da Liberdade, grupo jurídico que representa Mundial de Câmbio, Mathew Staver, muitos dos pais aprenderam a ler com a Bíblia. “Triste saber que as vésperas do Dia da Independência, quando celebramos a liberdade religiosa e política, que nossos antepassados conquistaram com muito sangue e sacrifício, somos obrigados a suar para proteger nossos direito", alertou.

Mundo Câmbio deixa claro para, os alunos, que as suas atividades não são aprovadas pela escola e que recebem uma Bíblia de forma voluntária. "Há uma diferença crucial entre o discurso do governo e da comunidade a respeito da religião”.

Jerry Rutherford, presidente do Mundo Câmbio, montou mesas para distribuir Bíblias grátis para estudantes do ensino médio no Dia da Liberdade Religiosa em 2007 e 2008 sem nenhum problema. Mas, no ano passado o seu pedido de autorização foi negada pelo superintendente Dennis Thompson.

O grupo Advogados da Liberdade escreveu uma carta, no ano passado, em nome de Rutherford para pedir ao conselho reversão da decisão. Mas o conselho se recusou a fazê-lo. "Estamos perdendo nossa liberdade religiosa e isso é assustador”.


Fonte: Jerusalém Post / Redação CPAD News


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