
Após ter sido alvo da Carta da CNBB durante as eleições presidenciais, Dilma Rousseff se reencontrou ontem com os integrantes da cúpula da Igreja Católica e o tema acabou sendo deixado de lado para, segundo entidade, para não reabrir a polêmica.
"O momento não era adequado para discutir esse assunto," declarou dom Dimas, secretário geral da CNBB, após a reunião.
Lembrando que esta foi a primeira reunião dos representantes da Igreja com Dilma, depois que ela assumiu a Presidência, e acrescentou,"A questão do aborto ficou resolvida na própria campanha" esquivando-se de tratar do assunto.
O presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, também confirmou que o tema não havia sido tratado com Dilma, explicando que temas como aborto não foram discutidos com a presidente, já que o encontro era “uma oportunidade para que a presidência da CNBB pudesse saudar a presidente da República no início de seu governo.”
Além disso, ele tentou amenizar explicando que a nota contra o aborto havia sido endereçada a todos os presidenciáveis, e não só à candidata petista. E acrescentou que a reforma do Estado precisava ser executada com ampla participação popular e não poderia ser feita nos gabinetes dos parlamentares. Ele justifica que deve haver consideração a vontade e os anseios da população para que o processo aconteça de forma democrática.
Segundo ele, a CNBB entregou à presidente Dilma, um documento defendendo a reforma política, sem citar, entretanto, pontos específicos.
Em contraste, durante o período da campanha presidencial de 2010 do Partido dos Trabalhadores (PT), a CNBB escreveu uma carta dizendo, o PT “se posicionou pública e abertamente a favor da legalização do aborto, contra os valores da família e contra a liberdade de consciência.”
Nesta carta, o Bispo Diocesano expressou que como responsável pela defesa da fé, ele denuncia e condena o aborto como “contrário à lei de Deus.” E desta maneira, recomendou “a todos verdadeiros Cristãos e verdadeiros Católicos a que não dêem seu voto à Senhora Dilma Rousseff e demais candidatos que aprovam tais "liberações," independentemente do partido a que pertençam.”
A então candidata Dilma Roussef vinha ganhando atenção com o tema do aborto, na qual foi acusada de defender a prática.
Mais tarde, a atual presidente assinou carta em encontro com evangélicos no ano passado, comprometendo-se a não enviar ao Congresso projetos de lei que permitissem a legalização do aborto e o casamento entre homossexuais.
Entretanto, no início mês de janeiro deste ano, a ministra da presidente declarou defender o aborto, levantando novamente as discussões.
Fonte: Christian Post
Postar um comentário